quinta-feira, 24 de julho de 2008

Menina, chata, encrenqueira, amiga, companheira, moleca, sapeca , amarga e mal humorada.
somos muitas e uma só... chorona, briguenta, mimada, dura, travessa e irritada.
Firme nas convicções de taurina cabeça dura...
teima em amar, em servir, em ser a melhor que consegue ser.
como diria Cecília Meirelles," Aprendi com a primavera a me deixar cortar. E a voltar sempre inteira" ...
uma contradição ambulante!!
talvez por isso goste tanto da música "She" do Elvis Costello ou de "Bitch" da Meredith Brooks ...
porque no fim sou a santa e a pecadora, a que faz sorri e chorar, a que não se deixa ver por inteiro
e ao mesmo tempo é transparente em seu olhar.
Sim, frágil e forte, louca e casta, santa e devassa, posso ser qualquer coisa...
mas decido ser aquela que se deixa cortar, pra saber que mais tarde vem o florescer.
a companheira, a amiga, a mãe e a irmã...
tentando ser a borboleta ou o tornado...
dependendo do ponto de vista de cada um...

quinta-feira, 17 de julho de 2008

As sete faces de Dr Lao

"O mundo inteiro é um circo
se você souber olhar para ele.
Como o sol se põe quando você está cansado
e nasce quando você levanta.
Isso é mágica de verdade.
O modo como uma folha cresce.
O canto dos pássaros.
Como o deserto fica à noite,
quando a luz da lua o envolve.
Oh, meu garoto...
isto é circo bastante para qualquer um.
Sempre que você vê um arco-íris
e seu coração se maravilha com isso.
Sempre que você pega um punhado de areia,
e não vê areia, mas sim um mistério,
uma maravilha em sua mão.
Toda vez que você pára e pensa:
Estou vivo, e estar vivo é fantástico!
Sempre que algo assim acontece,
você é parte do Circo do Dr. Lao."

(Dr. Lao, se justificando para um garotinho que pede para trabalhar no circo).



A frase acima é do filme "As Sete Faces de Dr. Lao", quem nao assistiu eu recomendo, pois é uma aula de vida - parece piegas, mas é a pura verdade. Esse filme povoou o imaginario de muitas crianças e adultos com suas fanatias e realidades gritando em nossas fazes...
Eu ao assistir esse filme sempre pensei em qual personagem apareceria pra mim... às vezes pensava no Pan - tinha medo de ficar fria, sem ser capaz de amar... e também ficava vendo a senhorinha que falava com o Vidente - que era cego - e a vida dela era tao triste e amarga que ela vivia em um mundo faz de contas, procurando eternamente seu "novo" marido e petroleo em suas terras....
Fico pensando o quao de realismo esse filme - classificado como realismo fantastico - nos traz...
bom eu ainda tenho medo de saber qual das 7 faces de Dr Lao irá aparecer pra mim um dia!!
mas vale a pena refletir...
Abaixo deixo um texto retirado de um blog de João Pires Neto no w
ww.bocadoinferno.com/ que falava também sobre o filme:

Leia um trecho onde a senhora Cassan, moradora de Abalone, vai ao encontro de Apolônio de Tiana, uma das personagens do Dr. Lao


Diz o anúncio do circo do Dr. Lao: “... haverá um adivinho... protegido pelo véu do mistério... profecias invariavelmente exatas...”.
A viúva Howard T. Cassan chegou ao circo, pagou sua entrada e sentou-se para escutar seu futuro. Apolônio de Tiana avisou-a de que ela ficaria desapontada.
- Não hei de ficar, se o senhor me disser a verdade – disse a senhora Cassan. – O que desejo saber, antes de mais nada, é quando vai jorrar petróleo naquele meu alqueire no Novo México.
- Nunca – respondeu Apolônio.
- Bem... então, quando vou me casar outra vez?
- Nunca.
- Muito bem. Que espécie de homem vai surgir em minha vida?
- Não haverá mais homens em sua vida – disse o vidente.
- Bem, então do que me adianta viver, se não vou ficar rica, não vou me casar outra vez, nem vou conhecer novos homens?
- Não sei - confessou o vidente – Só leio o futuro. Não o julgo.
- Bem, eu paguei. Leia meu futuro.
Leu então Apolônio de Tiana:
- Amanhã será como ontem e depois de amanhã como anteontem. Vejo o resto dos seus dias como uma tediosa coleção de horas. A senhora não viajará a nenhum lugar. Não terá pensamentos novos. Não experimentará nenhuma nova paixão. Sua idade aumentará, mas não sua sabedoria. Crescerá seu formalismo, mas não sua dignidade. A senhora não tem na juventude, daquela curiosa simplicidade que no passado atraiu alguns homens, nada resta, nem a senhora as poderá reconquistar. As pessoas lhe falarão ou visitarão por pena ou solidariedade. Não porque a senhora tenha qualquer coisa a lhes oferecer. Já viu uma velha haste de milho que amarelece e definha, mas se recusa a morrer, na qual alguns passarinhos pousam de vez em quando, quase sem notar sobre o que estão pousados? Isso é a senhora. Não consigo imaginar qual seja seu lugar na organização da vida. Uma coisa viva deveria criar ou destruir, segundo sua capacidade ou capricho, mas a senhora não faz uma coisa nem outra. Vive a sonhar com coisas bonitas que gostaria que lhe acontecessem, mas que nunca acontecem; e imagina vagamente por que as jovens vidas ao seu redor, às quais ocasionalmente censura por uma suposta impropriedade, nunca lhe dão ouvidos e parecem fugir à sua aproximação. Quando a senhora morrer, será sepultada e esquecida, somente isso. Os agentes funerários a fecharão num ataúde à prova de vermes, com o que lacrarão, para a própria eternidade, a argila da sua inutilidade. A julgar por todo o bem e todo o mal, toda a criação e toda a destruição que sua vida pudesse haver provocado, a senhora poderia perfeitamente jamais ter existido. Não vejo propósito em tal vida. Só vejo nela um desperdício chocante, vulgar.
- Eu entendi o senhor dizer que não julgava vidas – disse a senhora rispidamente.
- Não estou julgando. Estou apenas divagando. Hoje, por exemplo, a senhora está sonhando em achar petróleo num alqueire de terra que possui no Novo México. Não existe petróleo lá. A senhora sonha com um homem alto, moreno e belo que venha a cortejá-la. Não virá homem algum, nem moreno, nem alto, nem de qualquer espécie. No entanto, a senhora continuará a sonhar, apesar do que lhe digo. Continuará a sonhar durante a pequena ronda de suas horas, costurando, balançando-se, mexericando e sonhando. E o mundo gira, gira, gira. Crianças nascem, crescem, casam-se, adoecem e morrem, mas a senhora fica em sua cadeira de balanço, cose, mexerica e leva a vida. E a senhora tem voz ativa no governo, e um número suficiente de pessoas votando igual poderia mudar a face do mundo. Há algo terrível nessa idéia. Mas sua opinião pessoal sobre qualquer assunto no mundo é absolutamente desprezível. Não, não consigo atinar com a razão da sua existência.
- Não lhe paguei para atinar com coisa alguma. Diga apenas meu futuro e pronto.
- Estive dizendo seu futuro! Por que não ouve? Deseja saber quantas vezes ainda comerá alface ou ovos cozidos? Quer que eu enumere às vezes em que gritará bom dia para a vizinha sobre a cerca? Devo dizer-lhe quantas vezes mais a senhora comprará meias, irá à igreja, assistirá a filmes? Deverei fazer uma lista mostrando quantos litros de água a senhora ferverá no futuro para o chá, quantas combinações de cartas receberá no bridge, quantas vezes o telefone tocará nos anos que lhe restam? Deseja saber quantas vezes voltará a censurar o jornaleiro por não deixar o jornal no lugar que menos a irrita? Devo dizer-lhe quantas vezes mais a senhora se aborrecerá por chover ou deixar de chover, segundo seus caprichos? Devo calcular quantas moedas há de poupar regateando no mercado? Deseja saber tudo isso? Pois nisso, senhora Cassan, se resume seu futuro: fazer as mesmas coisas inúteis que tem feito nos últimos cinqüenta e oito anos. A senhora se defronta com uma repetição do seu passado, uma recapitulação dos algarismos na máquina de calcular de seus dias. Há apenas um algarismo brilhante, talvez: houve um pouco de amor em seu passado; mas não haverá nenhum em seu futuro.
- Bem, devo dizer uma coisa: o senhor é o adivinho mais estranho que já vi em minha vida.

- É minha cruz só ser capaz de dizer a verdade.
- O senhor já amou?
- Naturalmente. Mas por que a senhora pergunta?
- Há um fascínio estranho em sua franqueza brutal. Eu imagino uma moça, ou melhor, uma mulher experiente, lançando-se a seus pés.
- Houve uma moça, mas ela nunca se lançou a meus pés. Eu me lancei aos dela.
-O que ela fez?
- Ela riu.
- Ela o magoou?
- Sim. Mas depois disso nada me magoou muito.
- Eu sabia! Sabia que um homem com sua terrível crueldade mental devia ter sido ferido por uma mulher, em alguma época. As mulheres são capazes de fazer isso a um homem, não é?
- Creio que sim.
- Pobre homem, pobre homem! O senhor não é muito mais velho do que eu, não é? Eu também fui magoada. Por que não poderíamos ser amigos, ou mais que amigos, quem sabe, e juntos remendar os farrapos de nossas vidas? Acho que eu seria capaz de compreendê-lo, consolá-lo e tomá-lo sob meus cuidados.
- Minha senhora, eu tenho quase dois mil anos de idade, e sempre fui solteiro. É tarde demais para começar.
- Ah, como o senhor é engraçado! Eu adoro brincadeiras! Nós nos daríamos esplendidamente, os dois tenho certeza!
- Sinto muito. Eu lhe disse que não haveria mais homens em sua vida. Não tente me fazer com que eu me desdiga, por favor. A consulta terminou. Boa tarde.
A senhora Cassan começou a dizer alguma coisa, mas não havia mais ninguém com quem falar. Ela sai da tenda. Lá fora encontra Luther e Kate.
- Querida – disse a senhora Cassan a Kate – esse adivinho é o homem mais magnético que já vi. Vou falar com ele de novo hoje à noite!
- O que foi que ele disse sobre o petróleo? – perguntou Luther.
- Ah, ele me encorajou muitíssimo!!!

As 7 Faces of Dr. Lao (7 Faces of Dr Lao, EUA,1964).
Direção: George Pal.
Roteiro: Charles Beaumont, baseado em livro de Charles G. Finney.
Direção de Arte: George W. Davis e Gabriel Scognamillo.
Fotografia: Robert J. Bronner.
Música: Leigh Harline.
Edição: George Tomasini.
Elenco: Tony Randall (Dr. Lao / Merlin / Pan / Abominável Homem da Neve / Medusa / Serpente gigante / Apolônio de Tiana / Integrante do público), Barbara Eden (Angela Benedict), Arthur O'Connell (Clint Stark) e John Ericson (Ed Cunningham).
Distribuição: Inédito em DVD.


sexta-feira, 4 de julho de 2008

Revival of a Wedding (as my life blows away)

Luka: Be my wife. I offer myself with all my faults and strengths. We'll help each other when we need help, and work together to raise our son. I choose you as the person I will love and honor for the rest of my days.

Abby: First of all. First of all, I love you. I do. And you've helped me through a lot. And we got here together with a beautiful little boy. And, uh, I-I was thinking of a poem for actually, um, before when I was getting ready, and I think it starts "I carry your heart in my heart. I am never with out it. Anywhere I go, you go." (laughs) I'm probably messing the whole think up, but I think, uh, I think the end goes. "And this is the wonder that keeps the stars apart. I carry your heart. I carry it in my heart." So I guess what I'm saying is, lets just try to love each other, and, uh, persevere.

"i carry your heart with me"

i carry your heart with me(i carry it in my heart)
i am never without it(anywhere i go you go, my dear;
and whatever is done by only me is your doing,my darling)
i fear not fate (for you are my fate,my sweet)
i want no world (for beautiful you are my world,my true)
and it's you are whatever a moon has always meant
and whatever a sun will always sing is you

here is the deepest secret nobody knows
(here is the root of the root and the bud of the bud
and the sky of the sky of a tree called life;which grows
higher than soul can hope or mind can hide)
and this is the wonder that's keeping the stars apart

i carry your heart(i carry it in my heart)